Big Brother- Ao que chegamos...

É com muito pesar que coloco este post...

Já não é novidade, mas um advogado portuense foi assassinado pelo pai da antiga companheira, aquando um dos encontros, para ir buscar o seu filho, neto do alegado assassino...

A situação é de lamentar como é evidente, problemas familiares são igualmente de lamentar, e os processos de regulação das responsabilidades parentais são-no também... até porque envolvem menores, sendo normalmente utilizados como armas de arremeso no meio de toda a situação...

Mas do que venho opininar aqui hoje, é do que ontem , milhares de portugueses tiveram de assistir à hora do jantar,ao epsisódio do sucedido, o que me martirizou confesso...

Tive um professor na faculdade, o estimado Sr. Dr. Costa Andrade, que teorizou, acerca do avançar assustador dos reality shows, e da lamentável prestação que tem a televisão actualmente : " Vamos chegar a um ponto, em que o falta ver, é uma morte em directo! E digo-vos , vamos estar cá para ver!"

Ao ouvir aquelas palavras, pensei... "isso nunca vai acontecer, quem tem prazer, em ver uma morte na televisão, é a realidade mais dura e triste da condição humana".. estava enganada, ontem aconteceu, para quem quis ver...

Chegamos a um ponto assustador e cruel da existência humana, em que ver um cidadão a ser assassinado, para deleite das audiências de determinado canal é aceite e tolerável....no mínimo indecente!!!

Qual a vossa opinião, sobre esta temática? Justifica o interesse de uma indústria que move milhões (sim...), com o triste "espectáculo", do fim da vida de alguém?